quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

QUEM CONTA UM CONTO AUMENTA UM PONTO

Ele foi contratado por uma multinacional, para um cargo de responsabilidade, e tomada de decisões e estratégias.

Augusto, homem de seus 40 anos , casado, era o símbolo do executivo de sucesso. Cursou boa faculdade, em seu currículo constavam diversos cursos de aperfeiçoamento, MBA e outros mais.

Aquele dia, ou mais especificamente aquela noite, depois de várias palestras, e homenagens, um dia estafante, aconteceu naquele grande hotel, onde estavam , uma festa de confraternização, como é comum nestes tipos de encontro.

Augusto, um paulistano, estava muito feliz por estar no Rio de Janeiro, e além disso com Ana Helena, por quem nutria uma grande admiração, e com quem conversava diariamente pelo computador. Ana Helena, também executiva, morava em Salvador, portanto, mais acostumada a viver perto do mar, trabalhava na filial da mesma empresa.

Não sei se conversavam ou seria melhor colocar namoravam ........ eram mensagens picantes pra cá e pra lá, juras de amor. “ – Hoje finalmente vou poder estar a sós com ela!!!? - pensava o apaixonado executivo.

Tomou aquele banho caprichado, refez a barba minuciosamente, carregou no perfume, e lá foi ele pra festa. Na festa se entreolhavam, se atiçavam, tudo muito discretamente, porque Ana Helena, também era casada. Até que dada hora um subiu para o quarto, simulando muito cansaço e sono.
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O outro, pouco tempo depois,também foi . Toc, toc, toc, eram as batidas na porta, muito suaves, para que ninguém mais percebesse, além de Ana Helena , em seu quarto. Vagarosamente, a moça, ansiosa, abriu e sorrateiramente Augusto entrou. Já se agarraram de supetão, foram beijos, apertões, abraços, e sussurros ao pé do ouvido. Então Augusto, com muita fúria, foi logo tentando tirar a roupa da namorada.
Ela lhe brecou a mão. “ – Não, não podemos ficar aqui, tenho uma companheira de quarto, e ela deve subir já, já, também.” “ – Para onde vamos então, no meu quarto acontece a mesma coisa, e não podemos sair do hotel, porque nossa permanência é vigiada e controlada, senão ninguém participa de nada! – exclamou ele, decepcionado.

“ – Não sei pra onde ir! Sei que devemos sair daqui já!”

E assim o fizeram, ainda agarrados no corredor do hotel, no ultimo andar. Quando surgiu a idéia de abrir aquela porta ao lado, e desesperadamente passaram por ela, ficaram ali escondidos por alguns momentos. Estavam na escada de serviços.

Eram beijos na boca, no pescoço, abraços , apertos incontroláveis. O tesão era grande, de muito tempo abafado. Aquele teria que ser o momento. Ou tudo, ou nada. Olharam de lado e como caído do céu, notaram um colchão de casal encostado na parede. “- Oba é aqui mesmo! Pensaram os dois ao mesmo tempo, se atirando por sobre o colchão, já estirado no chão. Rapidamente, foram tirando a roupa um do outro, respiração acelerada.

Movimentos rápidos.

Pressa. Ansiedade, nevosismo.
Vai ser aqui mesmo.

“ – Meu amor, meu amor, que delícia........- dizia ele. “ – Eu te amo, te adoro, não via o momento, durante o dia todo de estar junto de você – comentava ela,entre seus beijos, bem baixinho pra ninguém mais ouvir. “ – Eu também ...... eu também...... ele respondeu.

Finalmente........ Aí, chaque,chaque, chaque – lá vinha alguém do andar inferior subindo a escada .

E os dois sem roupa, agarrados um ao outro. Param, se olham, profundamente, nos olhos um do outro. “ – E agora, não vai dá tempo de vestir as roupas.......tamos perdidos......! seremos mandados despedidos!

O desespero era grande, e o tesão também. E mais uma vez outra porta providencial, bem em frente. Abriram, estava destrancada, como devia estar. Passaram por ela,com as roupas na mão, e bem de mansinho a fecharam.

Tudo isso ainda agarrados um ao outro. Estamos salvos, foi o pensamento de ambos. Quando uma ventinho, uma brisa, um delicioso frescor, passou por eles. Olharam para frente e lá no fundo, uma grande mancha escura.

Era o mar.

Um pouco antes, a luz do calçadão, pessoas, carros, buzinas, alvoroço., vai e vem. “ – Nós estamos na escada de incêndio!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Murmurou alto, Augusto. Estamos fora do prédio.”

Protegidos numa escada de incêndio, aqui ninguém aparece!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! “ Que delícia!!!! - afirmou Ana, abraçando ainda mais forte seu amante, trazendo o corpo dele bem mais próximo ao seu, já deitados no chão de ferro da escada de incêndio de um grande hotel carioca.


ILSE ELLEN

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