quinta-feira, 29 de abril de 2010

HPV - cuidado você pode ser premiado!




Olá amigos!

O assunto é saúde. Saúde de todos nós, velhos e crianças, homens e mulheres.

Pouco se fala sobre o HPV, embora já tenham algumas poucas reportagens em revistas que tratam da saúde da mulher. Essas poucas matérias falam das descobertas, a de que o HPV está associado ao câncer de cólo de útero, e também da vacina, que prevene o câncer. Porém, pela importância do assunto deveriam –se fazer mega campanhas alertando a população da epidemia que estamos vivendo.

A doença é uma epidemia mundial, e muito pouco se fala dela. Pela análise dos números tão séria quanto AIDS, ou a gripe H1N1.

HPV é o nome abreviado de uma infecção gerada pelovírus, Human Papillomavirus, com mais de 200 subtipos, responsáveis por uma ampla gama de lesões na pele e mucosas, tanto na mulher, como no homem.

Sabia-se que esses vírus eram causadores somente de verrugas comuns e das verrugas genitais. Foi a partir de 1982 quando foram publicados alguns trabalhos científicos dando conta de que esses vírus, os Human Papilloma, em mais de 95% são os responsáveis pelos casos de câncer no colo do útero, e que também que existem os vírus de alto risco responsáveis por lesões e verrugas somente, e os de alto riscos que provocam o câncer.

A transmissão do HPV se dá, geralmente, pelo contato pele a pele, sendo mais frequente nas relações sexuais, desde as preliminares, como um simples beijo, até os finalmente. Uma vez no organismo o virus pode permanecer silencioso por semanas ou até décadas, sem causar qualquer tipo de sintoma que alerte os portadores sobre sua presença; pode ser eliminado pelo sistema imunológico de defesa da pessoa, ou causar alterações no DNA das células, provocando tumores benignos, verrugas internas e até externas, e até os famigerados tumores malignos.

Na mulher as verrugas são internas para posteriormente aparecerem na parte exterior dos órgão genitais, e no homem também, a doença aparece no interior do pênis, evoluindo em verrugas na parte exterior, a aparência chega ser de uma couve-flor em casos mais avançados.

No Brasil estima-se que uma em cada 4 mulheres sejam portadoras do vírus e consequentemente seus parceiros também. Essa proporção tende a aumentar nos próximos anos, pois a infecção absolutamente assintomática no início, tanto para o homem quanto para a mulher, ou seja tanto, tanto o homem quanto a mulher transmitem o vírus nas relações sexuais, sem saber que são portadores! Isso vai então numa progressão geométrica, aumentando muito esses parâmetros em épocas de festas, como carnaval, e jogos como a Copa do Mundo que vem ai.

O assunto é muito grave, e não se fala dele, como deveria, 3% dos casos evoluem para o câncer de utero. O Ministério da Saúde já coloca esta doença sexualmente transmissível, no topo do ranking das infecções. Pesquisa do Hospital das Clínicas de São Paulo mostrou que 60% das gestantes tinham algum tipo do vírus. Estimativas dão conta que, no Brasil, 25% do total de mulheres convivem com o problema.

A bióloga brasileira Luisa Lina Villa, pesquisadora e maior especialista no assunto, professora da Santa Casa de São Paulo, pesquisadora também do Instituto Ludwing, grande referência em ensaios científicos sobre câncer, e também presidente do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para o HPV, nesta entrevista exclusiva ao site de notícias Ultimo Segundo, no Portal do IG, no dia 27 de abril, conta que apesar de muito comum, o HPV ainda é um desconhecido para muitas mulheres. Segundo ela, um dos principais equívocos que surgem com esse desconhecimento, por exemplo, é achar que a doença é um indicador da traição.

Luísa Lina Villa fala ainda dos perigos do sexo extremamente precoce, e da necessidade da vacinação contra o HPV .

“- Sexo é bom, sexo é necessário. Mas em idade muito jovem é uma desgraça. O cólo do útero da adolescente é imaturo, já está comprovado cientificamente, e favorece a infecção pelo vírus do HPV. Quanto mais cedo você se infectar por um tipo de HPV de alto risco, mais cedo terá forma grave da doença. Qualquer relação antes dos 15 anos é perigosa” – afirma a cientista.

As vacinas profiláticas, se aplicadas em larga escala, têm o potencial de reduzir em 70% alguns tipos cânceres de colo do útero. Porém, como existem muitos outros tipos de vírus do HPV que causam câncer, e não são contemplados pelas vacinas existentes, é preciso que as mulheres continuem fazendo o exame papanicolaou, apesar de vacinadas. E, para isso, o Brasil precisa não apenas melhorar o acesso das mulheres ao exame, mas encurtar o prazo entre o resultado e o início do tratamento. Os médicos também precisam ser mais capacitados, ainda há muito desconhecimento sobre a doença e suas formas.

O HPV afeta homens, mulheres, crianças, idosos, todos sem discriminação. Mesmo senhoras e senhores que não estão tendo mais relações sexuais poderão ter manifestações de HPV. Ou porque houve reativação de vírus contraído há muitos anos ou, muito mais rararamente, por outra via de contaminação, como se enxugar com uma toalha contaminada com o vírus.

É importante frisar que não precisa ser promíscuo para ter HPV. Primeiro porque o vírus pode ter sido contraído em outra relação e só se manifestado tempos depois. Não dá para centralizar a discussão com o companheiro no “quem passou para quem”. HPV não indica traição. Se você descobriu o HPV e está em uma relação fixa, fale com o parceiro de forma madura:

“Meu amigo, não dá para saber quem começou essa história, então, vamos nos tratar. Os dois.”

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